segunda-feira, 27 de julho de 2009

Meio palco, meio plateia


Ao longo de alguns anos, resisti bravamente à criação de um blog. Sempre achei uma tremenda bobagem. Para mim, isso não passava de coisa de gente que tenta a todo custo aparecer. Minha opinião não mudou muito, mas passei a cogitar a ideia de ter um, só que por um motivo mais específico que falarei depois.

Vi muitas bobagens, mas também vi coisas bem legais por aqui. Acho que isso me entusiasmou e me fez ver que um blog pode sim ser um canal bacana. Não sei em qual dos modelos eu me enquadro, mas resolvi correr o risco.

Primeira barreira: a criação do título, tarefa que jogou por terra todas as minhas esperanças de me tornar alguém realmente original. Todos os mais criativos já existiam! Fiquei frustradíssima. Além disso, tem ainda a vergonha de divulgar sem parecer patética e tudo aquilo que sempre abominei. Pensando bem, desconsidero esta possibilidade, embora o barato seja escrever e esperar que alguém leia, goste, critique, opine. O retorno parece bom, mas a ideia de divulgar algo tão despretensioso e sem conteúdo técnico, rico, culto, sofisticado ou qualquer coisa que valha é, a meu ver, um tanto desestimulante.

Não tenho a intenção de parecer interessante, inteligente, tampouco tenho pretensões profissionais, mas acho que um blog pode funcionar com uma válvula de escape, um canal para que eu fale o que der vontade. Acho pouco provável que alguém se interesse em me acompanhar, mas aí a história é outra e quando eu tiver paciência, explicarei com calma (para quem mesmo, hein?).

Enfim, a estreia. Agora faço parte dessa massa que faz com gosto seu monólogo mesmo diante de uma plateia vazia. O que vale é a ilusão da quarta parede lotada.

Até!

PS: Estou me adaptando às novas regras ortográficas, ok? Ainda não sei todas de cor e estou sem pressa para isso.