terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tulla Luana me inveja

Morro de vergonha das coisas que escrevo. Tenho medo de ser cansativa, chata, fútil, patética e do que as pessoas vão pensar, se é que elas perderão tempo lendo as minhas bobagens. Bom, mas eu resolvi escrever assim mesmo.

Acho que eu não tenho o direito de reclamar de 2010. Ok, não enriqueci, não aprendi a dirigir e não recebi proposta (s) de casamento. Sequer acabei de pagar o meu cartão de crédito. Em compensação, ganhei um emprego legal, novos amigos de infância que, certamente, levarei para a vida toda, preservei e fortaleci antigas amizades e estive com a minha família mais do que nunca.

Ano que vem eu quero aprender a ser mais sofisticada, menos estabanada (andar sem tropeçar é quase um sonho) e não ter pena de gastar dinheiro. Quero ser menos ingênua (juro que eu sou um pouquinho), ter autoestima elevada, aprender a ser sucinta (saca só o tamanho deste post), dar conta de ver todos os links salvos nos favoritos, começar uma pós-graduação e dar um fim ao meu inglês macarrônico.

Pretendo me entender definitivamente com o meu cabelo, ter uma religião, ler mais livros, não me importar tanto com a opinião alheia, ter de cor todas as regras da reforma ortográfica, entender de uma vez por todas o que é impedimento no futebol e encher o meu pai de orgulho, fazer uma viagem incrível (eu só conheço o sudeste brasileiro, gente!) e, entre outras coisas, atualizar o blog. A troco de quê? Ainda não sei. Um dia eu descubro.

Em 2011, eu vou me tornar uma balzaquiana e isso tem muita importância para mim. Não sofro tanto quanto eu costumo dizer, mas sou um pouco frustrada por estar perto dos 30 e não ter realizado metade das coisas planejadas para os 25 anos. A era balzaca está aí, já batendo a porta, e eu não me preparei para isso.

Quer saber? Que venha a nova idade. Não sei se muita coisa mudará daqui até lá – sem querer ser pessimista, pelo andar da carruagem, acho pouco provável que algo extraordinário aconteça –, mas, mesmo assim, não quero passar em branco pela data. Sou avessa a comemorações, mas decidi abrir uma exceção. Quero fazer dos meus 30 anos uma espécie de rito de passagem. Vai que as coisas começam a acontecer, né? Nunca se sabe. Está decidido, então: estou pronta para o baile.

Aconteceram tantas coisas legais em 2010, que eu não me sinto no direito de reclamar. Não conquistei tudo o que eu queria, mas ao contrário de Tulla Luana, até que a minha colheita foi bem feliz. Nada como uma piada infame para encerrar o ano em grande estilo, né? É a minha cara e vocês já deviam estar acostumados.

Corre o pano.

Feliz 2011!

domingo, 26 de dezembro de 2010

O que houve?



Só uma pessoa muito sem noção como eu é capaz de fazer este tipo de coisa:

EU: nossa, você tá destruído hoje, né?
COLEGA DO TRABALHO: não.
EU: tá cansado?
COLEGA DO TRABALHO: não.
EU: Dormiu pouco?
COLEGA DE TRABALHO: não.
EU: tá gripado?
COLEGA DE TRABALHO: também não.

Resumindo: a pessoa estava ótima, mas eu consegui acabar com o dia dela.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Renata who?

Do Orkut (de onde?) direto para o blog. Sim, eu aproveito textos antigos, tá?

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Fui uma criança feliz à beça e uma adolescente complicada (qual não é?). Odiava a minha altura (hoje eu adoro) e o meu cabelo (continuo odiando). Outro dia ouvi uma frase doida e ótima ao mesmo tempo que pode ser aplicada a mim: “ela tem tanto cabelo, mas tanto cabelo, que se tirar a metade ainda fica com o triplo”. Hoje, eu sou uma adulta com algumas crises, uma delas por conta da minha idade. Ok, ok, eu ainda sou nova (?), mas o peso dos 30 já me assombra há algum tempo. Eu sou uma pré-balzaca, caramba!

Moro com meus pais, minha irmã e minha sobrinha (a favorita, talvez por ser a única). Tenho uma relação ótima com eles. Eu sou o meu pai de saia; somos iguais, mas só fisicamente. O resto fica por conta da minha mãe. Somos tão parecidas, que eu tenho certeza de que serei exatamente igual a ela quando eu tiver os meus filhos. Somos esquentadas, nossas vozes ao telefone ainda confundem muita gente e somos cancerianas típicas (se você não sabe o que isto significa, consulte o horóscopo). Minha irmã é minha cúmplice e eu invejo a sua calma.

Ah, sim, eu e a Giselle Bündchen temos algo em comum. Nós duas medimos 1.79m. Nem preciso dizer que a semelhança para por aí, né?

Não tenho um peso certo. É bem oscilante. Varia de 61 a 62,5 kg, mas o meu sonho é chegar aos 60. Eu juro que não sou paranoica. Juro! Só um pouquinho, talvez... O fato é que eu e a Marta Rocha sabemos a importância de ter duas polegadas a menos. Vamos combinar também que achar necessário perder 1 ou 2 kg é absolutamente normal. Praticamente uma condição feminina.

Descobri com a Martha Medeiros que, assim como ela, eu me enquadro perfeitamente na categoria mulher banana. Na Ceasa em que se transformou este país, prefiro ser banana. Vou morrer sem dinheiro e rica em potássio. Além disso, a mulher banana acredita que ser elegante vale mais que ser ordinária. Ponto pra Martha Medeiros!

Sou praticamente a Monica de Friends. Minha mania de organização chega a ser irritante. Odeio coisas fora do lugar. Com criança em casa, isso é praticamente impossível. Saio catando tudo o que a Milena vai deixando pelo caminho embora eu saiba que em 3 minutos ela é capaz de fazer uma bagunça ainda maior. Bom, mas eu já entendi que o melhor é esperar que ela durma para arrumar tudo, mesmo sabendo que ver as coisas fora do lugar e não fazer nada exige de mim um autocontrole fora do comum.

Torço para o Fluminense, para a Portela e acho fundamental ter consciência social e ecológica. Queria ser mais sofisticada e menos insegura. Tenho medo de barata e da Gretchen. Acredito na lei da atração e não acredito em fidelidade masculina. Pessoas leais ganham pontos comigo. Odeio gente que me quer só para plateia, que só fala e não me escuta. Eu quero dividir o palco, pô!

Se você fala ou escreve "menas", "esteje", "seje" ou qualquer coisa do tipo, é melhor nem tentar entrar em contato. Eu não me acho o máximo e sei que não sou a última bolacha do pacote, mas se quiser alguma aproximação, por favor, saiba falar e escrever direito. É o mínimo. Posso tomar como ofensa alguns crimes contra a língua portuguesa. Sim, eu sou do tipo que procura erros do gênero. É quase um TOC. Ah, nem adianta me chamar pra beber. Motivo: tenho paladar infantil. Agora se rolar refrigerante...

Sem mais delongas: sou isso tudo e mais um pouco. Normal, né? Agora fica a dúvida: será que alguém leu isso?