Acho que eu não tenho o direito de reclamar de 2010. Ok, não enriqueci, não aprendi a dirigir e não recebi proposta (s) de casamento. Sequer acabei de pagar o meu cartão de crédito. Em compensação, ganhei um emprego legal, novos amigos de infância que, certamente, levarei para a vida toda, preservei e fortaleci antigas amizades e estive com a minha família mais do que nunca.
Ano que vem eu quero aprender a ser mais sofisticada, menos estabanada (andar sem tropeçar é quase um sonho) e não ter pena de gastar dinheiro. Quero ser menos ingênua (juro que eu sou um pouquinho), ter autoestima elevada, aprender a ser sucinta (saca só o tamanho deste post), dar conta de ver todos os links salvos nos favoritos, começar uma pós-graduação e dar um fim ao meu inglês macarrônico.
Pretendo me entender definitivamente com o meu cabelo, ter uma religião, ler mais livros, não me importar tanto com a opinião alheia, ter de cor todas as regras da reforma ortográfica, entender de uma vez por todas o que é impedimento no futebol e encher o meu pai de orgulho, fazer uma viagem incrível (eu só conheço o sudeste brasileiro, gente!) e, entre outras coisas, atualizar o blog. A troco de quê? Ainda não sei. Um dia eu descubro.
Em 2011, eu vou me tornar uma balzaquiana e isso tem muita importância para mim. Não sofro tanto quanto eu costumo dizer, mas sou um pouco frustrada por estar perto dos 30 e não ter realizado metade das coisas planejadas para os 25 anos. A era balzaca está aí, já batendo a porta, e eu não me preparei para isso.
Quer saber? Que venha a nova idade. Não sei se muita coisa mudará daqui até lá – sem querer ser pessimista, pelo andar da carruagem, acho pouco provável que algo extraordinário aconteça –, mas, mesmo assim, não quero passar em branco pela data. Sou avessa a comemorações, mas decidi abrir uma exceção. Quero fazer dos meus 30 anos uma espécie de rito de passagem. Vai que as coisas começam a acontecer, né? Nunca se sabe. Está decidido, então: estou pronta para o baile.
Corre o pano.
Feliz 2011!