segunda-feira, 31 de março de 2014

1º de abril


1º de abril é dia de a minha avó chegar aqui em casa com cara de enterro e dizendo que a Neném, a irmã da Pepê, morreu. A gente faz uma cena, finge que acredita e pergunta como isso aconteceu. Aí, então, ela diz: "caiu do berço. [pausa dramática] É 1º de abril!". A gente ri, diz "a senhora não é mole, hein?" e ela volta feliz pra casa. Todo ano é assim.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Alô, Napoleão!


Milena está aqui fazendo um trabalho de escola sobre Napoleão Bonaparte. No início da pesquisa, ela se deparou com os seguintes números: 1769-1821, que correspondem aos anos de nascimento e morte, respectivamente. Sem pensar duas vezes, perguntou à mãe dela: "preciso colocar o telefone dele também?"

terça-feira, 25 de março de 2014

Sorte de Thaila


Thaila Ayala: mais que um trava-língua; uma devoradora de gatos do showbiz norte-americano.Tô aqui pensando em mudar meu nome pra Três Tigres Tristes. Vai que tenho a mesma sorte e traço um Mark Ruffalo da vida, né?

quinta-feira, 20 de março de 2014

Baunilha de maracujá


Enquanto isso, no programa da Palmirinha...
PALMIRINHA: (...) aí você pega a baunilha de maracujá...
BONECO GUINHO: essência!
PALMIRINHA: e mistura a baunilha de maracujá.
BONECO GUINHO: é essência, né?

domingo, 16 de março de 2014

Puxador de palmas



Uma prática há tempos em alta é a de puxador de palmas. Não sei exatamente o que move as pessoas que curtem isso, mas desconfio que identificar o momento certo pra bater as mãos e ser seguido por uma multidão dê algum barato nelas. Só pode ser! 

Meu pai é um dos mais entusiasmados adeptos. Adora aparecer e saber que as mãozonas que Deus lhe deu potencializam o efeito das palmas. Elas soam quase como uma ordem. É ele bater duas, três vezes pra ser imediatamente seguido. Quer dizer, quase sempre... Minha mãe veio dizer que hoje, na igreja, ele mais uma vez puxou as palmas uma hora lá. Foi seguido por apenas duas senhorinhas, que ao se darem conta do insucesso da ação, desistiram e ficaram na delas. Mas ele, não. Insistiu mais um pouco até desistir depois de mais quatro, cinco palmas solitárias. Certamente, no fundo, no fundo ele ainda alimentava a esperança de motivar todo mundo. Não conseguiu. 

Ao fim do culto, mais uma oportunidade para palmas ritmadas pintou e meu pai, claro, foi o primeiro a começar. Só que desta vez foi diferente. Ele foi de uma experiência frustrada à consagração. Foi seguido por toda a igreja que, num só ritmo, aplaudiu junto. 

Só uma coisa explica tanto empenho do meu pai e de todos os outros puxadores profissionais de palmas: a prática é remunerada e só eu não fui informada disso.