quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Baldeação


Saí, há pouco, do Jardim Botânico e pensei: "ah, não vou descer na Alvorada, não. Vou pegar um ônibus direto pra casa. Essa hora não vai ter trânsito mesmo... Não preciso de BRT". Quebrei a cara. Tinha. Estava tudo parado na Américas, na Ayrton Senna e, segundo a minha informante do banco de trás, na Linha Amarela, no Anil e na Freguesia também.
O que eu fiz? Na primeira oportunidade, desci pra pegar o BRT voltando pra Alvorada (é só um ponto) pra de lá pegar o expresso que me deixaria em Madureira sem passar por um engarrafamento sequer. E assim eu fiz. Desci do 565, subi passarela, desci passarela e peguei o BRT. Nele, um homem chato pregando (sim, eles estão por toda a parte) e meia dúzia de passageiros exaustos, não sei se pelo fato de terem chegado ao fim de mais um dia de trabalho ou por terem que aguentar aquele homem chato, falando pelos cotovelos, e com a animação de um chefe de excursão.
Cheguei na Alvorada, entrei na fila (três ônibus param para essa única fila, é o samba do crioulo doido!) e o homem que pregava no outro ônibus parou atrás de mim. Ele me abordou e...
HOMEM: Boa noite!
EU: Boa noite!
HOMEM: esta fila é do ônibus que vai pro Fundão?
EU: também.
HOMEM: amém! Esta fila é do ônibus que vai pro Fundão?

Nenhum comentário:

Postar um comentário