quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Feliz Por Nada

Não sou muito chegada a frases feitas, a citações, mas às vezes eu me rendo a elas. Agora, por exemplo, tô com vontade de citar Martha Medeiros. Comecei a ler um de seus livros nas idas e voltas do trabalho. Ler dentro de um vagão de trem – território onde funkeiros, pagodeiros, pregadores e vendedores de picolé Moleka convivem numa espantosa harmonia –, está longe de ser uma tarefa simples. Acho que mereço uma medalha por esta minha incrível capacidade de concentração.
É da crônica "Feliz Por Nada", que dá nome ao livro, a frase de efeito que eu escolhi: "Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento pra aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto (...)". Soa como autoajuda, né? É um pouco. As crônicas dela têm algum parentesco com o gênero, mas sou tão fã da maneira elegante e delicada com que ela fala do corriqueiro a ponto de quase comover sem ser piegas, que eu acho bonito.
É isso, gente. Não sei vocês, mas eu tenho tirado proveito dos imprevistos. E tô feliz à beça.

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