Nada irrita mais um operador de telemarketing do que cliente questionador. Cléber, da Claro, provavelmente está me odiando uma hora dessas. Primeiro deixei que ele dissesse todo o script (vale dizer que a minha paciência se deve ao fato de um dia eu já ter estado do lado de lá). Resolvi interrompê-lo pra fazer uma pergunta e ele voltou para o começo. Fiz outra pergunta e lá foi Cléber me contar tudo de novo. Cléber estourou o tempo da ligação. Cléber não conseguiu me vender o serviço. Cléber não bateu meta. Resumindo: Cléber me odeia.
Apesar disso tudo, fiquei com pena. Vida de operador de telemarketing não é mole, não. Eles não têm um expediente definido, trabalham de domingo a domingo, têm apenas 15 minutos de lanche, as idas ao banheiro são controladas (dor de barriga nem pensar!), têm um supervisor autoritário e são mal pagos. E o pior: são obrigados a seguir um script recheado de gerundismos.
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