Do amor ao total desprezo

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Milena é muito rubro-negra. Muito mesmo. Ela é do tipo que não aguenta uma pilha, uma gozação. É um prato cheio para mim, claro. 

Milena defendia com unhas e dentes o Ronaldinho Gaúcho. Faltava chorar quando eu dizia que o Fred era mais bonito que ele (meu conhecimento raso de futebol permite que eu faça apenas comentários deste tipo). Bom, mas todo mundo sabe que não precisa ser tricolor para saber que nessa 'briga' eu sempre saía ganhando. Fred x Ronaldinho Gaúcho é até covardia! Milena era tão fã dele, que a caminho da última Bienal do Livro quis saber se o encontraria lá, mas Deus agiu e ela ficou feliz por ter visto o Maurício de Sousa e o Ziraldo. Ficou até um pouco chateada por não ter tirado uma foto com eles e isso foi o suficiente para que eu e minha irmã respirássemos aliviadas. 

Para a Milena, o Ronaldinho Gaúcho era o melhor, o mais legal e o mais lindo (?) jogador de todos. Era assim até o dia em que ele deixou o Flamengo. Desde então, ela é só desprezo. Quer uma prova? O gibizinho do Ronaldinho que ela recebe mensalmente junto com os dos demais personagens da Turma da Mônica é o único rejeitado. Milena está arrasada. Milena está indignada. Milena está decepcionada. Ronaldinho que não se atreva a cruzar o caminho dela. Corre até o risco de levar uma sapatada.

Dica do dia

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Lição pra vida: nunca, jamais, em hipótese nenhuma deixe de participar de todo e qualquer bolão da Mega Sena organizado pelos seus colegas de trabalho. Fique sem o almoço, mas não fique de fora. Sei lá, né, gente? É melhor não pagar pra ver. O pessoal do Cervantes tá aí e não me deixa mentir. Dica: tenha sempre na carteira o CPF, o RG, os R$10 do ladrão e os R$10 do jogo. De nada. Bom dia!

Estranhamente impecável

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Aquela hora em que vc vê aquele seu 'amigo' (pero no mucho) acostumado a tropeçar na Língua Portuguesa postando um texto impecável, sem erro algum. Desocupada Desconfiada, vc vai lá, pega um trecho, joga no Google e – voilà! – confirma que trata-se de uma cópia que ele, óbvio, lançou sem dar o crédito ao verdadeiro autor.

Tsc

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Deu no Ego: "Musa dos anos 1990, Marinara Costa revela que tentou se matar seis vezes". 

Longe de mim apoiar alguém numa tentativa de suicídio. Longe de mim. Quero mais é que as pessoas vivam bem, superem os problemas e sejam felizes. Graças a Deus a Marinara (Mari quem?) tá aí 'vivona', mas uma coisa me deixou intrigada. Como é que uma pessoa tenta se matar SEIS VEZES e não obtém êxito (?) em NENHUMA delas? Tem alguma coisa errada aí, gente! 

Ainda bem que as tentativas dela não deram em nada, mas pior do que a vergonha de contar que algum dia cogitei acabar com a minha vida, é a de dizer que tentei seis vezes, porém sem sucesso.

"Ô, 'lôco', meu!"

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Tenho a impressão de que a cada quilo perdido, o Faustão ganha uma demão de melanina. Repara só, gente. O homem tá cada dia mais moreno. Alô, IBGE! Já pode mudar a classificação 'cor/raça' dele pra pardo.

Pode reparar

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É batata. Sempre que a gente está com muita pressa, o ônibus anda com a velocidade de um carro alegórico atravessando a Sapucaí e os passageiros descem valorizando cada degrau, assim como a Xuxa fazia quando descia da nave.

Esquisitices: sim, trabalhamos

Boto o relógio para despertar às 5h (pra eu ficar ligada que ainda tenho duas horinhas de sono), às 6h (pra eu ficar esperta que uma hora passou voando), às 6h40 (pra eu já me preparar, afinal de contas, tenho menos de uma hora de descanso), às 6h55 (não sei bem por que motivo) e, por fim, às 7h03, que é quando eu levanto. Por que não às 7h05? Porque é tempo demais na cama. Por que não às 7h em ponto? Pra quê acordar cedo se eu posso dormir mais três minutinhos? Bom dia!

Isso é lá com Santo Antônio!

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Deus me deu altura, mas não me deu talento, manha nem sorte para pegar buquês. O único que eu peguei em toda a minha vida foi um lançado pela Claudia Raia no teatro. Santo Antônio bem que podia levar isso em consideração, né? Claudia Raia tem peso dez, pô!

Poxa, moça!

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Não consigo entender a matemática de gente que tem grana pra comprar uma bolsa linda, mas não tem pra comprar um elástico de cabelo. Na minha frente tem uma mulher com uma bolsa deslumbrante, mas que fez o rabo de cavalo com uma sobra de meia-calça presa com um grampo enorme. Tá certo isso?

Cadê Michelle?

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Na manhã de hoje, no metrô, uma mulher quebrou o silêncio ao gritar "Michelle, eu acho que a gente já passou..." e, em seguida, "cadê você, Michelle?". Gargalhadas. De repente o vagão inteiro se mobilizou e deu início às buscas por Michelle no meio da multidão. "Cadê você, Michelle?"; "aparece, Michelle!"; "Michelle tá no vagão feminino!"; "Michelle já desceu!"; "grita aí, Michelle!". Um vagão de gaiatos. Até que Michelle, coitada, provavelmente envergonhada daquela mãe mezzo escandalosa, mezzo desesperada – o que dá no mesmo –, disse um tímido "tô aqui, mãe". Michelle era a moça baixinha com cara de simpática que estava o tempo todo ao meu lado e que fazia um esforço único para desaparecer das vistas daquela mãe meio histérica.

Quando estávamos quase na Carioca, a mulher gritou "desce desse lado aqui, ó, Michelle!" e apontou para o lado direito como se Michelle pudesse ver. Os passageiros, numa só voz, gritaram "desce, Michelle!" e abriram passagem para Michelle descer. E Michelle desceu. Final feliz. 

Moral da história: a união faz a força.

Analista de Mídias Sociais da Depressão

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Você lança uma promoção simples de Dia dos Namorados em que as pessoas têm apenas que bolar uma frase maneira, criativa e/ou original. Aí uma criatura vira e pergunta se "tem que ter namo pra participar". Não faltou vontade de dizer que precisa, inclusive, de firma reconhecida, testemunhas e documento que comprove vínculo. 

Pensamento do dia

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Pensamento do dia: é preciso coragem para entrar no banho em dias frios; é preciso coragem para sair do banho em dias frios. Um paradoxo, por assim dizer. Bom dia!

Um Dia

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Hoje, quase dois meses depois de ter terminado a leitura de Um Dia, finalmente assisti à adaptação para o cinema. O que eu achei? Bonitinha, fofinha, emocionante até, mas nada, absolutamente nada perto do livro. Ok, dificilmente isso acontece (de o filme ser tão bom quanto o livro), mas acho que nunca me frustrei tanto com uma versão cinematográfica. Adoro a Anne Hathaway, mas achei um tanto exagerado o sotaque que ela deu à Emma. Isso quase me irritou. Sem falar que achei tudo corrido demais. Uma pena. A dica que fica para quem pretende assistir é a seguinte: não leia o livro antes. Leia depois. Acho que pode valer mais a pena.

Meu bom motorista

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Felicidade besta do dia: ter a sorte de pegar um ônibus com aquele motorista camarada que te conhece de vista e faz a gentileza de parar antes do ponto pra que a caminhada até a sua casa seja mais curta e menos cansativa.