Na manhã de hoje, no metrô, uma mulher quebrou o silêncio ao gritar "Michelle, eu acho que a gente já passou..." e, em seguida, "cadê você, Michelle?". Gargalhadas. De repente o vagão inteiro se mobilizou e deu início às buscas por Michelle no meio da multidão. "Cadê você, Michelle?"; "aparece, Michelle!"; "Michelle tá no vagão feminino!"; "Michelle já desceu!"; "grita aí, Michelle!". Um vagão de gaiatos. Até que Michelle, coitada, provavelmente envergonhada daquela mãe mezzo escandalosa, mezzo desesperada – o que dá no mesmo –, disse um tímido "tô aqui, mãe". Michelle era a moça baixinha com cara de simpática que estava o tempo todo ao meu lado e que fazia um esforço único para desaparecer das vistas daquela mãe meio histérica.
Quando estávamos quase na Carioca, a mulher gritou "desce desse lado aqui, ó, Michelle!" e apontou para o lado direito como se Michelle pudesse ver. Os passageiros, numa só voz, gritaram "desce, Michelle!" e abriram passagem para Michelle descer. E Michelle desceu. Final feliz.
Moral da história: a união faz a força.
Moral da história: a união faz a força.
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