domingo, 29 de dezembro de 2013

Pro recalque passar longe


Recalque foi, sem dúvida, a palavra do ano. Na minha timeline só deu ela, que nada mais é do que uma variação da inveja e do olho gordo. Não se falou outra coisa. Creio que eu reúna aqui, na minha modesta lista de contatos, a maior concentração de alvos constantes da inveja alheia, embora eu, por mais que me esforce, não entenda os motivos de alguns. Nem é da minha conta saber. 

Em 2013, o recalque se fez tão presente, que foi até cantado em verso e prosa (risos). Prova disso é que começamos o ano afrontando as invejosas e terminamos desejando às inimigas vida longa. Eu que não sou linda, não sou rica nem pop, não desperto a inveja de ninguém. Acho. Entrarei 2014 tão pobre quanto fui em 2013, devendo uma fortuna no cartão de crédito, com as mesmas frustrações de sempre, mas rindo um bocado de um monte de coisas. Tudo continuará como antes, a não ser que a Mega Sena da Virada resolva me surpreender. Aí, meu bem, se isso calhar de acontecer, vestirei o meu collant mais justo, me juntarei às divas do funk e também cantarei o recalque. Prometo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Status: destruída


Cansaço de todo um ano em uma semana. Obra em todo o trajeto até a Barra da Tijuca (o que já era triste, piorou), ritmo corrido no trabalho antes do recesso, dois cursos online em fase final e trabalhos pra entregar, prova no presencial, texto do freela pra escrever e saudade fora do comum da sobrinha há dias com o pai e que, querendo ou não, também dá uma minadinha na energia. Cansaço físico, mental e, se bobear, espiritual. Tô tão exausta, que nem sei o que eu tô fazendo aqui no Facebook. Vou dormir. Mentira! Vou pôr as minhas séries em dia.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

É pouco!


Li, na Globo.com, uma matéria sobre a moça encontrada morta junto com o padrasto. Depois fui à seção de comentários (sempre maravilhosa) e li o seguinte de Anita Carmo, que eu prefiro acreditar que ser um perfil fake e brincalhão: "É triste demais ver uma menina loira, de olhos claros e com um lindo sorriso perder a vida desta maneira.. as coisas estão caminhando de mal a pior.."

Quer dizer, se a morta fosse eu, uma hora dessas Anita diria: "É preta? Eu acho é pouco!" 

domingo, 15 de dezembro de 2013

No limite


Não sei se vocês sabem, mas eu tô aí com uma meta meio esquisita: me apaixonar por comida japonesa a qualquer custo. Ainda não sei bem por quê. Só sei que tô nessa desde o dia em que me disseram que esse é o tipo de coisa que a gente passa a gostar depois de muito insistir. Já tô nessa insistência há muito tempo, mas sem resultados animadores. Sexta-feira, por exemplo, ainda firme neste propósito, fui num restaurante, mas, infelizmente, sinto que não evoluí o bastante. Ainda como sushi como quem come olho de cabra no "No Limite". 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"Está passando em sua rua."


Ouvi a musiquinha do 'Plantão da Globo' vindo da rua, cheguei no corredor pra saber do que se tratava e vi que ela vinha de um carro de som que, logo em seguida, soltou esta mensagem: "consertamos todos os tipos de panela e fogão a gás na hora! Descobrimos qualquer problema na sua panela de pressão! É só trazer no carro de consertos que está passando na sua rua." 

Desde Beethoven no carro do gás, eu não via algo tão original.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Medidas de comprimento


Não tenho a menor noção do que representam, na prática, as medidas de comprimento. Pra não dizer que sou um completo zero à esquerda, sei o que são 30cm (com margem de erro pra cima e pra baixo) porque esta era a medida das minhas réguas escolares e imagino o que sejam 2m porque eu meço quase isso. Sei mais nada. Se, por exemplo, eu precisar pedir informação na rua e a pessoa disser que tô a 400m do meu destino, não saberei se estou a dez passos largos ou se terei de fazer uma caminhada de 1 hora e meia até lá.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Números


Você passa a infância toda decorando regrinhas de tabuada. Depois, no começo da vida adulta, tem de decorar os números do RG e do CPF e inventa uma melodia só sua, um método só seu pra ter aqueles números pra sempre de cor. Aí você cresce e fica aliviado porque a tecnologia é uma mão na roda e se dá conta de que não tem mais que decorar datas de aniversário nem números de telefone. Você fica um tempinho nessa ilusão. Acredita que nunca mais precisará memorizar número nenhum, mas aí a NET resolve mudar os números de praticamente todos os canais e você, desolado, chega à conclusão de que perdeu mais uma batalha.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cantando com você


Hoje cedo, depois de levar a Milena na fono, aproveitei a carona do meu pai e desci num lugar pra resolver uma coisa que, pelos meus cálculos, não tomaria muito tempo. Meia hora, no máximo. Como não tinha lugar para estacionar, pedi a ele que a levasse pra algum canto e disse que eu ligaria assim que acabasse. 

Saí do carro sem bolsa, apenas com um envelope na mão e com o celular no bolso da calça, que eu só fui me dar conta de que estava praticamente descarregado quando o carro sumiu da minha vista. Pensei "ah, tem orelhão, né?" e fui lá fazer o que tinha pra fazer. Em 10 minutos eu já tinha resolvido tudo. Ao sair, já sem bateria, fui diretinho para o primeiro orelhão da pracinha de frente. Quebrado. Fui ao segundo e... quebrado também. Cheguei ao terceiro e, olha (!), estava funcionando! Liguei a cobrar para o meu pai e nada. Não completava a ligação. Tentei a minha irmã. Idem. Tentei falar com minha mãe também, mas é claro que eu não a encontrei em casa, né? Pensei de novo: "vou ali na banca comprar um cartão telefônico e ligar para o meu pai. Pronto. Problema resolvido". Mas não. Eu tinha deixado a bolsa no carro (lembra?) e estava tão lisa, que se o Luciano Huck aparecesse e me desafiasse naquele quadro em que ele multiplica o tanto que a pessoa tem em moedas por mil, eu perderia a oportunidade de faturar um extra de fim de ano. 

Eu estava incomunicável e sem dinheiro. Sem escolha, com sede e alimentando a esperança de que meu pai apareceria mesmo sem a minha ligação, sentei na praça e me deixei ser embalada pelo romântico som de Fernando Lélis, uma espécie de Odair José do Baixo Méier, que estava ali dignamente vendendo o seu CD. Voltei pro orelhão, finalmente achei minha mãe em casa, ela ligou pro meu pai, fui resgatada e deixei o Fernando Lélis pra trás. Mas como eu sou ingrata apenas na música do Latino, tô aqui divulgando o CD Fernando Lélis - Cantando com você, que me acalmou nesta manhã de desespero. Ouça! Compre! E se tiver de passagem pelo Méier, dê uma moral pra ele. Só não esqueça de sempre checar a bateria do seu celular.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Viagem


"A Viagem" é talvez a novela que eu mais amei assistir. Amo tanto, que na última reprise (acho que em 2006), eu trabalhava meio período numa empresa de telemarketing e deixava todos os dias gravando em casa. Um dia, a luz acabou e minha mãe, num ato de solidariedade e de muito amor, ligou pra me avisar. Lembro de ela ter dito algo como "ó, não fiz nada, não mexi em nada... a luz é que acabou mesmo". O que eu fiz? Lembrei da TV 14 polegadas movida a porrada da barraquinha de doces de um ponto de ônibus lá do terminal Santa Luzia (o ponto do meu ficava a 5 minutos dali). 

Fui pra lá. Era ano de Copa do Mundo e a novela passava só alguns dias da semana. Quando era exibida, passava só uma parte. Parei ali e fiquei pra base de meia hora esperando um ônibus que nunca viria. Até comprei uma jujuba pra disfarçar. Ah, gente, era o capítulo da morte do Otávio Jordão, pô! Eu ia perder? Jamais!