segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Eu quero é, ó, gargalhar


Meus amigos mais chegados são engraçados. Muito engraçados. Minha família é engraçada e nem se dá conta disso. Eu me aproximo de quem me faz rir porque o meu barato é formar bando com gente palhaça. Cato coisas engraçadas no meu dia a dia. Rio das minhas desgraças. Já ri de quem nem achava tanta graça assim, mas como estava no pacote... Não curti e tratei de fugir disso. Acho que a minha sina é ser pobre pra sempre. Se for mesmo, que eu siga gargalhando até o último dos meus dias. Sem um puto no bolso, mas sem uma ruga na cara também. Uma língua pra chatice, pra caretice e pra mesmice. Um brinde ao deboche, à cumplicidade e à gargalhada sem culpa, sem compromisso e sem fim. É isso o que me interessa. 

Dito isso, pode vir, 2013!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Casinha


Até tenho vontade de ir a shows como este de hoje, mas sempre acabo desistindo. Por causa do calor? Da muvuca? Da ida e volta tumultuadas pra casa? Também. Mas o que mais me faz desistir é pensar na vontade louca de fazer xixi que sempre tenho em horas e locais inadequados. Pensar na possibilidade de não ter por onde nem pra onde correr na hora do aperto é o que mais me deixa em pânico. Ter um banheiro sempre ao alcance é pra mim quase tão vital quanto ter um copo d'água na hora da sede. É lógico que eu tô exagerando, mas é bem por aí.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mark Ruffalo pra viagem, por favor


Pronto. Lembrei que sou doida pelo Mark Ruffalo. Tô apaixonada de novo, gente! Como ele tem essa cara comum e não é exatamente gato, poderia muito bem ser o cara do banco, o taxista ou o entregador da farmácia. Poderia ser até o técnico da NET. Ah, se fosse o técnico da NET... Se fosse eu chamaria a assistência técnica pelo menos 2 vezes por semana! "Tá fora do ar de novo, meus queridos! Façam o favor de mandar o Ruffalo aqui pra casa que eu t̶ô̶ ̶l̶o̶u̶c̶a̶a̶a̶ pago pelo serviço e exijo qualidade."

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Todos querem Sarah Jessica Parker


É triste acordar e lembrar que pertenço a um mundo que já deu à Sarah Jessica Parker a chance de viver seus dias de musa desejada por 10 em cada 10 homens de Manhattan. Ok, beleza não é tudo, mas peralá, né, gente? Não sou musa nem no meu quarteirão, pô! Tá certo isso, universo?

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prato limpo


Quando eu era criança, a minha mãe ficava no meu pé porque eu comia muito pouco e era muito magra. "Tá na mesa!" era a senha que acionava o meu desespero. Todos terminavam de comer e eu ainda ficava lá por, pelo menos, mais uma hora e meia. 

Minhas refeições sempre terminavam do mesmo jeito: comida fria no prato, minha mãe gritando, eu chorando e pedindo pelo amor de Deus pra me livrar daquela tortura. Não que a comida dela fosse ruim. Sempre foi boa. Eu é que não curtia comer comida mesmo. 

Gostava só de Danoninho (que valia mais que um bifinho), Nescau e biscoito. Vivi anos à base de Sustagen e Biotônico Fontoura, mas nada adiantou. Era mal falada na família e tudo. 

31 anos se passaram e o que antes era tortura virou prazer. Pra felicidade dela, almoço e janto praticamente todos os dias. Continuo adorando Danoninho, Nescau e biscoito. A diferença é que não tenho mais 8 anos e sei exatamente o estrago que cada colherada de Danoninho faz no meu corpo. Hoje, ao me ver vestindo a roupa pra ir trabalhar, a torturadora de criancinhas virou e disse "tá bem gordinha, hein, Renata? Acho bom você dar uma maneirada...". Sabe o que é isso, gente? É a vida dando uma bela gargalhada na minha cara.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Shirley



Um pedido de informação na rua, quem diria (!), pode render. Ontem à noite, ao sair do Shopping Nova América, perguntei a dois seguranças pra que lado eu deveria ir pra pegar um ônibus pro Norte Shopping. Nenhum deles sabia. Resolvi, então, seguir com uma senhora que ouviu o papo e disse “tô indo pro ponto”

Saímos de lá juntas e conversando. Na verdade, ela aproveitou pra desabafar, pra dizer o quanto estava cansada do trabalho, daquele shopping sempre lotado (“isso parece uma prisão, menina!”) e que já tá de saco cheio desse calor insuportável. Shirley é o nome dela. 67, 68 anos, mais ou menos. Shirley que há 27 anos trabalha no almoxarifado da Thídel, que está aposentada há 8, mas que não consegue parar de trabalhar porque o chefe não deixa. “Eu já disse pra ele botar uma menina no meu lugar, mas ele não quer. Gosta muito do meu trabalho, sabe?”. Ela completou dizendo que estava louca pra chegar em casa, tomar uma cervejinha com as amigas e ir pro Parque de Madureira assistir ao show do Rodriguinho (ex-Travessos). Ela falou dele com tanta empolgação, que eu fingi achar o cara o máximo. Mandei até um “ele vai estar lá? Que bom!”. 

Shirley disse que desde que o marido morreu (há 3 anos) faz tudo o que tem vontade sem dar satisfação a ninguém. Garantiu que é feliz assim. Perguntei se tinha filhos e ela disse que tem uma. Cristiane, de 40 anos, foi morar em NY, quase não dá notícias e deixou aqui uma filha de 15 anos que ora mora com ela, ora com a outra avó. Nem pro enterro do pai Cristiane pôde vir. Shirley disse que não sabe o que ela faz lá, não sabe se casou, mas lamenta por ter certeza de que nunca mais verá a filha. Quando eu vi que ela tava ficando jururu, emocionada, voltei ao assunto “Rodriguinho”. Aí Shirley se animou de novo e lembrou que eu podia ter entrado em qualquer um daqueles ônibus, mas como ficou lá falando da vida, esqueceu de mim. Esperei o dela. Já no 261, ela lembrou que tinha esquecido de comprar a tinta do cabelo e que precisava lavar os tapetes de casa. Falou também que na laje de casa “bate um sol maneiro”. “Fico morena de praia!”

O ponto do Norte Shopping chegou. Nos despedimos com dois beijinhos, desci e ela seguiu nele. Foi tomar sua cervejinha com as amigas e assistir ao show do Rodriguinho. Foi ser feliz.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Autoxingamento


Se tem uma coisa que eu jamais entenderei é mulher que vira pro próprio filho e diz coisas como "ah, seu filho da puta, vc vai ver só!". Minha vizinha é dessas. 7h da manhã e lá tava ela chamando a filharada de filha da puta. Tecnicamente, a puta é ela, certo? Será que essa criatura não se deu conta? Vai ver ela não se importa com isso, né? Vai ver ela não abre mão de um bom palavrão e prefere extravasar a raiva. Sim, porque nada é melhor do que um palavrão encorpado, bonito, cheio de significados pra mandar recado e dar aquela aliviada. Ainda assim eu não entendo por que essas mães insistem no autoxingamento. Temos tantos outros palavrões incríveis...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mili Jujuba


Eu, que durante anos enchi a boca pra dizer que não simpatizava com gatos, passei a morrer de amores depois que a Milena, há 10 meses, trouxe uma gatinha (filha dela) da casa do pai pra morar com a gente. Mili Jujuba –10 em cada 10 veterinários riem deste nome – tá cada dia mais linda e é o orgulho da tia-avó aqui. Mili Jujuba vai dar as suas voltinhas "na madruga" e me deixa preocupada quando me dá um perdido. 

Ontem à noite, ela quase me matou do coração ao aparecer passando mal. Certamente comeu chumbinho (ou coisa do gênero) em algum quintal vizinho. E lá fui eu, de madrugada, correr com ela pra uma emergência. Agora, Mili Jujuba tá lá internada e eu tô aqui com o coração apertado de dó e de saudade. Mal dormi, mas e daí? Saí de lá mostrando orgulhosa pras pessoas o minibook que tenho dela no celular, tal qual uma mãe coruja que não cansa de exibir o filho. 

Quem diria, hein, Renata?

sábado, 1 de dezembro de 2012

Amizade sincera


Quem foi que botou na cabeça das vendedoras de loja que é jogo pagar de BFF das clientes? Basta ser educada e atenciosa, gente! E quando elas resolvem nos encher de elogios, hein? Hoje mesmo eu entrei numa loja e fui atendida por Úrsula, a vendedora simpaticona do dia. Além de jurar que é minha amiga de infância, ela abusou nos elogios. Disse que sou linda, estilosa, que "nossa, a roupa caiu muuuito bem! Nossa, que corpo ótimo você tem! Tudo fica bem em você, né? Vem ver, fulana, como ela ficou linda!". Quer dizer, entrei Renata e saí Alessandra Ambrósio, né? Uma coisa é certa: saí de lá mais pobre, mas com a autoestima, ó, lá em cima.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Parada estratégica



Ônibus lotado. Você entra e para na direção da moça que discute negócios pelo celular e que tem pinta de executivona da Rio Branco. Você saca que não vai conseguir nada parada ali, afinal de contas, ela não vai descer tão cedo. 

Certa de que é malandrona, você conclui que precisa parar na direção de quem tem potencial pra descer no próximo ponto. É aí, então, que você vê um menininho uniformizado, mirrado, 11 anos, no máximo. Você para ali. Confiança é o teu nome. Você não tem dúvida de que fez uma boa e inteligente troca. 

Dois minutos depois, a executivona levanta, desce no Méier (a próxima parada é só na Presidente Vargas) e você segue viagem em pé com o menininho sentado na sua frente. 

Não sei o que esse moleque tem de tão importante pra fazer no centro da cidade a essa hora. Estudar é que não é!

sábado, 24 de novembro de 2012

Grandão, hein?


Encontrei uma conhecida na rua e lembrei de uma gafe minha de anos atrás. Toda mãe gosta de ouvir que seu filho é grande pra idade, né? Nunca entendi isso. Só sei que os pais sempre recebem isso como um elogio. Taí um comentário perfeito pra fazer a pais de bebês nem tão graciosos assim. A criança é feinha e você não sabe o que dizer? Arregale os olhos e diga "nossa, grandona, né?". Não tem erro. Quer dizer, às vezes tem, sim... 

O filho da tal conhecida era muito miudinho. Era feio também, não vou mentir. Um dia, resolvi bancar a fofa e mandei: "nossa, como ele tá grande! Parece até que já tem 1 ano!". Disse isso certa de que ele tinha 9, 10 meses, no máximo. Me lasquei. O menino já tinha 2 anos. Pra consertar a merda dita, finalizei com "tá lindo! Parabéns!". Contrariada, é claro, mas foi o que me restou.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Se acha


Aí o colega novo virou e disse "fiz História na UFF" e eu, lerda, pensei "nossa, mas que pessoa besta! Se acha."




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alerta de mãe


Minha mãe sofre de um mal que atinge 9 em cada 10 mães: o do zelo em excesso. Ela me ligou agora para falar do caso do noivo que morreu após tropeçar e cair sobre a taça que levava no bolso da calça. Uma fatalidade, claro. Ela achou necessário me alertar do perigo que isso representa. Agradeci e falei do quão importante era o toque dela, afinal de contas, volta e meia, eu me pego andando pra lá e pra cá com taças pelos bolsos das minhas calças. Ela deu uma gargalhada e desligou.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Prioridades


Enquanto isso, no RJTV...

REPÓRTER: o que a senhora faz quando vê uma ratazana na sua casa?

ENTREVISTADA: primeiro eu grito, né? Depois eu chamo o meu marido pra me ajudar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Turma do fundão


Ao entrar num ônibus cheio, o que você faz pra aumentar as chances de, em algum momento e com muita sorte, conseguir sentar? Dirige-se ao fundão, certo? Foi o que eu fiz. Ao ver uma ameaça se aproximando (eu, no caso), uma moça se esticou toda pra marcar território, bloquear o meu acesso à área vip e, assim, garantir um daqueles 9 assentos. Não adiantou. Adivinha quem tô aqui sentadinha, graciosa e cacheada escrevendo pra vocês? Aaaah, moleque! Bom dia!

domingo, 11 de novembro de 2012

"Eu compreendo, senhora..."


Status: abalada emocionalmente depois de uma calorosa discussão com a irônica, debochada e irritantemente serena operadora de telemarketing do meu cartão de crédito. "Eu compreendo, senhora..." é o cacete!

sábado, 10 de novembro de 2012

Ponto de ônibus


MOTORISTA: vai descer aqui?


EU (no fundo do ônibus): não, lá na igreja. Me enganei.

MOTORISTA: onde?

EU: na igreja!

MOTORISTA: aqui?

EU: não, moço! Na IGREJA!

MOTORISTA: próximo ponto?

EU: NA IGREEEJA!

Fiz um namastê, fiz o sinal da cruz e ele, finalmente, entendeu que eu queria descer na igreja. Só Jesus na causa!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Godiva do Irajá


Da série "jamais entenderei": pessoas que fazem comigo comentários do tipo "apesar de preto, ele é uma boa pessoa", como se eu fosse, sei lá, sueca.

Já rebati, já acusei de preconceituoso, já chamei atenção pro tanto de melanina que eu carrego, mas nada adiantou. Todas elas (sim, eu já ouvi isso algumas vezes) insistiram em dizer "ah, mas você é moreninha", como se isso diminuísse a minha indignação. Desisti. Hoje eu ouço, fico quieta e deixo a pessoa e toda sua ignorância pra lá. E poso de Kátia Flávia, claro. 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tomara!


Camille e Milena são amigas desde 2006, primeiro dos três anos que estudaram juntas no INES. Coincidência ou não, elas fizeram a cirurgia de implante do ouvido biônico no mesmo dia e lugar. Nos anos seguintes, suas vidas tomaram rumos diferentes e os encontros passaram a ser mais raros. Quando acontecem (1 ou 2 vezes por ano), são sempre alegres e enchem o dia com aquela gargalhada gostosa que só as crianças sabem dar.

De triste mesmo só as despedidas. Na do último sábado não foi diferente. Imagine a cena: Milena dentro do carro e Camille fora, uma olhando pra outra e soluçando de tanto chorar. Bonitinho e comovente. Engraçado também, não vou mentir. Já em casa, Milena perguntou: "tia, quando a gente gosta de uma amiga e sente saudade dela pode chorar, não pode?". Eu confirmei e ela chorou de novo. Desta vez, eu quase chorei junto. 
  
Não sei se elas serão amigas pra sempre. Eu mesma tive algumas melhores amigas na infância que hoje são só uma lembrança bonita. Tomara que elas não fiquem só nisso. Tomara que saibam preservar a cumplicidade, o carinho e o respeito que só os grandes amigos têm. Tomara!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quanto tempo!


Você tá no ponto, um ônibus para e você sente que tem alguém te olhando. Você olha, reconhece na pessoa uma colega da escola e sorri como quem quer dizer "olá! Quanto tempo! Cê tá boa?", mas a mulher faz cara de "cê tá louca? Te conheço, não!". O ônibus sai e você fica ali com cara de tacho. É aí, então, que você discretamente, começa a desmanchar aquele sorriso do rosto. Fim.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bigodinho

Moço do trem, eu tenho um recado pro senhor: não, eu não estou te dando mole. Eu simplesmente não consigo tirar os olhos desse bigodinho de suor que desde a Central segue firme no seu rosto. Por favor, pare de me lançar esses olhares sedutores. Eles não vão me conquistar. Aproveite o embalo e trate de tirar esse sorrisinho de canto de boca da cara também, tá ok? Boa noite e passe bem.

domingo, 4 de novembro de 2012

Pronta pra casar


Aí que na festinha infantil que eu tô agora resolveram fazer uma brincadeira com os adultos. Soltaram vinhetas de filmes e novelas e quem acertava, ganhava um brinde. Ganhei tanta tupperware que acho que já posso casar. Estraguei a brincadeira, mas montei o meu enxoval.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cadê critério?


Tem uma pessoa no trem dizendo que os únicos programas da Globo que prestam são Globo Repórter, Zorra Total e Bem Estar. Credo! Quero essa pessoa nem pra ser companheiro de viagem. Sai daqui, moço!

Quer detonar a Globo, detona, mas não venha dizer que esses, justamente esses programas prestam. Cadê critério?


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vexame no consultório


Rio em situações e lugares impróprios, como em cadeira de dentista, por exemplo. Acho graça em ter de ficar deitada, com a boca aberta, usando um babador e com um estranho mascarado na minha frente. A vontade de rir aumenta à medida que o dentista se aproxima de mim. Certa vez, eu não aguentei, dei uma gargalhada e cuspi na cara do Dr. Arthur. Imediatamente um climão tomou conta do consultório. Eu ainda tentei explicar o inexplicável, mas um sopro de sensatez me fez desistir. Dr. Arthur ficou putíssimo, é claro, mas como era muito fino, preferiu o silêncio. Eu tinha uns 16 anos e ainda não me perdoei por aquilo. 

Ano passado, eu cochilei durante um tratamento. Eu tinha passado a noite em claro e fui direto pro consultório. Exausta, apaguei na cadeira e acordei com a moça dizendo “Renata? Renata? Abra a boca, Renata.”. Ela riu, eu ri, lógico, e o tratamento foi, enfim, concluído.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Teletonta desolada


A Teletonta que habita em mim está hoje desolada. Nos últimos meses, falei mais de Avenida Brasil do que de qualquer outra coisa aqui e sei que irritei muita gente por causa disso. Trago agora uma má notícia: se daqui a alguns anos o Canal Viva reprisar a novela e o Facebook sobreviver até lá, preparem-se, porque I'LL BE BACK, GREENVILLE!

“Desconfie de quem diz não assistir novelas com ares de superioridade.” 

 Rita Lee


Das duas uma, Rita Lee: ou são fãs inconfessos ou chatos de galocha metidos a doutores sabe-se lá de quê. Às vezes, são as duas coisas, o que é pior. Teriam o meu respeito se apenas dissessem que não curtem novela.

Aqui, gente: esse papo de que novela aliena é mais batido que cabelo de bee na night, tá? Vire o disco. Tchau, um beijo e ♪ Oi, Oi, Oi ♫


sábado, 13 de outubro de 2012

Cê jura?



"(...) e algumas pessoas chegaram a vender os seus bens certas de que o mundo acabaria hoje, o que não aconteceu."

Ah, moça, cê jura?


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Previsão do tempo


"Sudeste tem queda drástica de temperatura nesta quinta-feira". - Último Segundo (IG).

Adivinha o que eu tô usando?

( ) calça, suéter e cachecol
( ) calça e blusa de gola alta
(x) vestido de alça fina ♪ já pintou verão, calor no coraçããão ♫.

Olha, não é fácil ser eu, não, viu? Tsc.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Me chama de Carminha


Tufão, lavo, passo, cozinho, costuro, dou nó em gravata, prego botão em camisa... Mentira. Sei fazer nada disso, mas sou boa pessoa, sou esforçada e posso aprender tudo em dois tempos. 

Dá uma chance?

domingo, 7 de outubro de 2012

#Chatiada


Pus um doce no prato certa de que era arroz à piamontese. Agora tô aqui comendo cuscuz com picanha. Logo eu, Meu Deus, que não curto nem arroz com passas?

Débora Nascimento me humilha


Que a Tessália da novela é linda, todo mundo sabe. Não precisa fazer força pra aparecer sempre diva. Aí você, uma mulher comum que corta um dobrado pra manter a autoestima sempre lá em cima, vê tudo isso ir por terra ao ver a mulher ainda mais linda com os cabelos ao vento num depoimento pro Marcos Caruso. 

Cabelos ao vento é sacanagem, né? É golpe baixíssimo! Achei desnecessário. Você é linda, Débora Nascimento! Não precisa esfregar isso na nossa cara o tempo todo, ok? Aí não há autoestima que aguente, minha querida! Achei deselegante. Tô humilhada.

Sex appeal: tem, mas acabou.



Você está na rua e no exato segundo em que percebe estar sendo observada por um cara interessante, boceja sem pôr a mão na boca. Ele desvia o olhar e você tem a certeza de que aquele seu ato involuntário bastou para ele ir da contemplação ao mais absoluto desprezo.

A verdade é uma só: poucas coisas detonam tanto o sex appeal de uma pessoa quanto uma cara deformada por um bocejo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Status: eternamente encalhada

Milena: "tia, quando a minha mãe casar e a gente for morar na casa nova, em qual cama você vai dormir: na minha, na dela ou na sua mesmo?"

Quando a sua sobrinha de 8 anos considera praticamente nulas as chances de você se casar algum dia é sinal de que a coisa tá mesmo muito feia pro teu lado. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eleições 2013: o melhor ou o pior do debate


Qual foi o melhor (ou pior, depende do ponto de vista) comentário no debate de ontem?

( ) "Isso aqui não é psicoterapia de grupo." - Eduardo Paes

( ) "Eduardo, olha como vc é ingrato." - Rodrigo Maia

( ) "Um Rio que seja digitalizado com gigabytes." - Aspásia

( ) "Que sorte, hein?" - Marcelo Freixo

( ) Qualquer coisa dita pelo Otávio Leite.

( ) "Cala a boca, Rodrigo! Não me envergonhe, garoto!" - César Maia


Tá bombando pra quem?


É com franqueza d'alma que digo aqui uma coisa: eu gostaria muito, mas muito mesmo de conhecer pessoalmente um eleitor do Rodrigo Maia. Mas não é qualquer eleitor, não! Refiro-me ao eleitor que vê o cara no debate e diz "taí, tens o meu voto, Rodrigo".

Saara


Ir ao Saara é ter a certeza de que eu vou me perder lá dentro e de que darei inúmeras voltas no mesmo lugar tentando achar a Presidente Vargas; é ter a certeza de que entrarei numa loja e ficarei puta com uma dupla chinesa que se aproveitará do fato de eu entender porra nenhuma de mandarim pra me xingar enquanto eu estiver na loja; é ter certeza de que aquela desgraça de rádio Saara vai me irritar como em todas as vezes em que precisei dar um pulo lá e, por fim, é ter a certeza de que, sim, eu sou uma mulher, fina, elegante e s̶i̶n̶c̶e̶r̶a̶ sofisticada, praticamente uma Glória Kalil do subúrbio.

domingo, 30 de setembro de 2012

Parabéns, Miss RJ!


Dar olhadinha pra trás a poucos centímetros de um degrau é o tipo de coisa que eu não faço na vida, que dirá no Miss Brasil. Ganhou a minha admiração, Miss RJ!

sábado, 29 de setembro de 2012

♪ Eu tô que tô legal ♫


Irei a uma festa à fantasia e tenho pouco tempo pra decidir o meu traje. Tô há dias quebrando a cabeça tentando pensar numa personagem bacana que se encaixe no meu biotipo. Physique du rôle é fundamental nesta vida, né, gente? Não parece, mas um ser de muito bom senso habita em mim. 

Infelizmente ainda não tive uma ideia brilhante. Não lembrei de um personagem sequer. Decidi, então, recorrer a um amigo que ao invés de me ajudar, preferiu me sacanear. O que ele sugeriu? Que eu vá de Vanessão, um travesti bagaceiro, ou de Luiza Marilac, um travesti bem-sucedido, mas ainda assim, um travesti. Quer dizer... 

Se até lá eu não tiver uma ideia incrível, comprarei um potinho de purpurina e um latão de Suvinil. Se ir fantasiada de Globeleza não é tudo de mais adequado, prático e original, eu não sei o que mais pode ser.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pipoca rosa, não!


Quem nunca correu pra pegar um saco gordo de São Cosme e São Damião certo de que ele tinha doce pra mais de uma semana, mas se frustrou porque descobriu que o que fazia volume era um sacão de pipoca rosa, que atire a primeira maria-mole.

Quanto mais, melhor


Hoje, às 8 horas, o telefone tocou. Era o meu pai:

PAI (com sorriso na voz): oi, filhinha! Papai!
EU (sonolenta e impaciente): hã...
PAI: tá se arrumando pro trabalho?
EU (sonolenta e impaciente): tô.
PAI: vou falar rapidinho, filha. Vi uma coisa muito legal na Internet. Você tem que ver! Sabia que você pode colocar o seu nome numa latinha da Coca-Cola? Muito bacana, filha.
EU (sonolenta e impaciente): já vi. Era só isso, pai?
PAI: tá atrasada, né? Vai lá, filhinha! Bom trabalho!

Esse é o meu pai, uma pessoa estranhamente animada às 8h e ligeiramente desatualizada.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Enquanto isso, na condução...


Nada é tão canalha quanto nego que rouba o teu lugar no ônibus. Nada. Fico com ódio, marco a cara e entro numa luta corporal, se preciso for. Agora, por exemplo, eu e uma mulher estamos disputando pra ver quem ganha mais terreno. 

O corredor deveria ser uma área comum, eu sei, mas desde que recuperei o meu lugar, ela tá aqui de vingancinha tentando me roubar a parte que me cabe deste latifúndio. Não sou mulher de lote, não, moça! Eu quero é, ó, preço o terreno todo.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sou fofa?


Perdi meu ônibus pra ajudar uma senhora a entrar no dela. Sou fofa?

Enquanto o ônibus não chegava, ela resolveu me contar a vida. Como eu não sei ser grossa nessas situações (nem quero aprender) dei corda, mas não via a hora de ele vir logo pra eu ter sossego. E ele veio. E eu fui até o meio da pista pra pará-lo. E ela me agradeceu umas 700 vezes. E continuou me agradecendo mesmo depois de já ter embarcado. Se bobear, tá até agora me agradecendo. Tadinha.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pra que lado fica?


Peça-me dinheiro, mas não me peça informação na rua. Não quero ter de carregar novamente o peso de mandar alguém pro lugar errado.

domingo, 23 de setembro de 2012

Lactobacilos vivos e alcoolizados


Isso é coisa de gente que sabe que eu tenho paladar infantil e flerto com a caipirinha, viu?

Quer me ver às gargalhadas por causa do álcool? Quer me ver mais torta do que a arcada dentária do Tevez? Me apresente à Caipirinha de Yakult! Te amarei eternamente.

Preguiça conveniente

Lembrei que tinha uma coisa pra fazer hoje, mas fiquei com tanta preguiça, que imediatamente me bateu um sono louco, um frio desesperador e lá fui eu me encolher sob as cobertas. Aí pensei, pensei e resolvi deixar tudo pro próximo sábado. O sono sumiu. O frio também. Agora tô eu aqui acordadona e com disposição pra correr a meia maratona.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sou dessas


Entro nas lojas do Centro, finjo que vou comprar alguma coisa, mas, na verdade, tô só me refrescando no ar condicionado. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Vergonha define


Resolveram fazer um vídeo em homenagem a um amigo seu. Você vai lá e grava a sua participação, afinal de contas, ele é um querido e você quer fazer parte disso. O tempo passa, o aniversário dele chega e, consequentemente, vêm os agradecimentos. Aí você repara que ao mencionar o seu nome, ele fez questão de frisar que a sua participação, só a sua, foi "hilária". Você lembra o resultado da sua gravação e quer morrer de tanta vergonha. Will, querido, te amo, mas guarde isso pra você, ok? Nunca, jamais, em hipótese nenhuma me chantageie com esse vídeo.

sábado, 15 de setembro de 2012

Quem nunca?


O que você faz quando vem uma vontade louca de comer um doce e nada na sua casa te faz salivar? Você acaba sucumbindo àquele bombom há meses rejeitado, àquele bombom esquecido num canto qualquer da geladeira.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

I need you, Orlando! - parte 2

Lembram de Orlando, a bee da reposição da semana passada? Continua adorável. Tive a segunda e última (uma lágrima corre agora) aula com ele hoje. Uma certa hora, Orlando quebrou o silêncio com um "OH, MY GOD!" à la Janice. Enquanto fazíamos uns exercícios, ele apagava alguns e-mails certo de que estavam na sua caixa de entrada. Era a do boyfriend. "Fiz alocka e saí apagando tudo!". Orlando entrou em pânico, pediu um minuto, aproveitou pra ver se tinha alguma mensagem suspeita (why not?) e mandou um pedido de desculpas via SMS, que foi escrito em voz alta e em inglês, claro. Tem como não amar Orlando? Tem como viver sem Orlando? O que será de mim sem o topete cheio de vida de Orlando pra me distrair? Tô sofrendo. 

domingo, 9 de setembro de 2012

A tagarela da condução

Tem uma mulher numa conversa in-ter-mi-ná-vel no celular aqui no ônibus. Tá animada, tá tagarela e tá colocando a fofoca em dia. Só se ouve a voz dela. Mais nada. Tô com tanto ódio, que tá faltando pouco pra eu levantar, catar aquele celular e virar a mão na cada dela só pra aproveitar a viagem. O ódio aumentou ainda mais depois que ela disse que "fulano tá fazendo o Científico". Eu não respeito gente que ainda diz "Científico". Não respeito.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

I need you, Orlando! - parte 1

Precisei fazer reposição hormonal de aula hoje e A-MEI o professor. Amei a ponto de querer ser BFF dele. O nome? Orlando. Orlando é o máximo, gente. Orlando tem topete estiloso, Orlando bate cabelo em sala de aula, Orlando adora musicais, Orlando pirou com a minha bolsa e Orlando chama as alunas de 'honey' de um jeito único. Amo/sou Orlando.