A vontade que eu tenho quando vejo pessoas plantadas no lado esquerdo da escada rolante é de empurrar a que está na minha frente, de modo que ela caia sobre a que está na frente dela e assim por diante. Acho que juntas elas podem criar um lindo e harmonioso efeito dominó.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Sei...
Silvio de Abreu deu um depoimento agora há pouco para o Domingão do Faustão tentando convencer alguém de que folheia revistas e não lê os nomes das pessoas. Ele disse que viu uma foto da Antônia Morais numa revista, achou bonita, quis que ela fizesse um teste, ficou maravilhado, pediu pra providenciarem logo o contrato e só depois soube de quem ela é filha.
Deve ter sido mais ou menos assim: "opa (!), que moça bonita! Quero na minha novela... Oi? Filha da ~Glorinha~? Que coincidência, gente!"
O-KAY!
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Partiu enterro?
Agora há pouco, no ônibus, 6 pessoas (5 mulheres e o Clayton) estavam às gargalhadas conversando. Estavam tão eufóricas, que eu podia jurar que o destino delas era a praia ou que elas eram aquele tipo de gente que faz festa de aniversário e troca presente de amigo oculto no coletivo. Estranhei o fato de estarem de preto num dia quente como o de hoje. Aí o celular de uma delas tocou e tudo (os trajes, no caso) fez sentido. "Capela J do São João Batista. A gente tá indo agora pra lá... Foi ontem, às 7 e pouco. Descansou, né, Kelly? Descansou... Não! Não conta pra mamãe agora, não. Deixa que eu converso com ela quando voltar". Desligou e voltou ao papo.
É isso, gente. Se der ruim e eu bater as botas de uma hora pra outra, quero que vocês deem um jeito de levar essas pessoas animadas ao meu enterro.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Caraaaca!
MOÇO DO TREM: caraca, colega, você é grande, hein? Tem quantos metros?
Fiquei tentada a responder "um só; os centímetros é que são vários", mas preferi ser fofa.
EU: 1.79m
MOÇO DO TREM: caraca! 1.70m?!
EU: não! E nove! Um e setenta e nove!
MOÇO DO TREM: caraaaca, colega, tu é grande pra caramba, hein? Parabéns!
EU: obrigada.
E foi assim que eu descobri que ser alta é motivo suficiente pra ser parabenizada na rua. Caraaaca!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Ônibus expresso
Por um mundo onde as pessoas entendam a diferença entre ônibus expresso e ônibus parador.
A mulher aqui, coitada, ficou tão desesperada com possibilidade de descer só na Presidente Vargas, que começou a desfiar o rosário: "pelo amor de Deus, motorista, deixa eu descer aqui porque sei lá o que e blá blá blá, eu não sabia que era expresso, por favor, e blá blá blá e mimimi, por favor!". Irritou tanto, que uma passageira, de saco cheio daquela ladainha, gritou "ele vai parar, PORRA!". Ela foi tão enfática ao dizer "porra", que o silêncio se fez presente na mesma hora. Quase aplaudi.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Banho
Acordar morrendo de calor. Arrancar a roupa. Entrar no banho. Se refrescar no banho. Sair do banho. Pentear-se na frente do espelho. Suar absurdamente. Voltar para o banho. Se refrescar no banho. Sair do banho.
Rodney, o escroto
Outro dia mesmo eu vim aqui prestar solidariedade à classe operadora de telemarketing, da qual um dia eu fiz parte. Falei até sobre a maravilha que é derrubar ligações chatas. Hoje, o atendente da Panini, incomodado comigo, se livrou de mim.
Rodney, o escroto, não sabe falar ao telefone. Rodney é enrolado. Rodney fala com uma batata quente na boca. Rodney não entende nada. Rodney é tão ruim, que perguntou umas 300 vezes se o sobrenome da Milena era "Robeiro". Cê jura, Rodney? "Robeiro"? Não lhe ocorreu que poderia ser "Ribeiro"? Rodney ficou nervosinho e deu cabo de mim. Aí eu liguei de novo, falei com a doce e competente Bruna e solicitei o canal de reclamações. Porque eu sou paciente. E como sou. Mas sei ser ruim também. E agora, hein? Quem é Rodney na fila do pão?
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Amor de chocolate
Minha mãe agora sobre o Naldo: "Renata, eu não gosto desse Naldo. Não gosto mesmo. Mas quando ouço aquele trecho ♪cada vez eu quero maaaais ♪, eu paro o que tô fazendo só pra fazer a coreografia desta parte."
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Senzala eletrônica
O Canal Brasil exibiu ontem um curta sobre teleatendimento, sobre a vida puxada de quem recebe “vale-coxinha” e vive preso a PAs, naquilo que eles muito bem definiram como “senzala eletrônica”. Meu primeiro emprego foi como operadora de telemarketing. Trabalhei por 6 intermináveis meses com aprovação de crédito. Foi uma experiência quase perturbadora, em que até as idas ao banheiro eram cronometradas.
Eu era um péssimo exemplo. Queria ir ao banheiro de meia em meia hora, vivia reclamando do frio (ok, isso eu faço até hoje), era criticada por não seguir o script cheio de erros de português, estourava o tempo das ligações, discutia com as vendedoras burras que ligavam pra lá e sequer tinha o direito de pedir um quadradinho da barra de chocolate que o colega do lado malandramente escondia atrás do computador. Até que um dia descobri que podia derrubar “acidentalmente” as ligações. Eu já estava tão revoltada com aquela escravidão, que interromper uma ligação chata virou o meu passatempo. Quando pintava uma vendedora esquentadinha, eu dizia “mas, senhora, consta no sistema que...tu-tu-tu-tu” e magicamente ela ia pro espaço.
Tudo isso explica a minha paciência fora do comum com teleoperadores. Quando me ligam, eu sempre rejeito a venda, mas deixo falarem todo o script. No que depender de mim, eles nunca baterão meta nem irão para o quadro dos funcionários da semana, mas farão bonito na frente do supervisor.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
"Alô, povão, agora é sério!"
Adoro entrevistas durante as transmissões dos desfiles. Ninguém se entende! Adoro, por exemplo, quando o repórter pergunta o que representa a fantasia e a pessoa responde que sim, é um grande prazer estar na Sapucaí. Mas, por enquanto, a melhor resposta é a da baiana da Paraíso do Tuiuti, vestida de noiva, numa referência a Como segurar seu casamento, livro de Chico Anysio, o enredo da escola. Segue o diálogo:
FÁBIO JÚDICE: Dona Fulana, como a senhora segura o seu casamento?
DONA FULANA: matei os dois.
FÁBIO JÚDICE: oi?
DONA FULANA: Matei os dois. Sou viúva.
DONA FULANA: matei os dois.
FÁBIO JÚDICE: oi?
DONA FULANA: Matei os dois. Sou viúva.
Quesito "resposta na ponta da língua" nota... DEZ! NOTA DEZ!
sábado, 9 de fevereiro de 2013
♪ Diga, espelho meu! ♫
O negócio é o seguinte: adoro Carnaval. Adoro bloco de rua. Adoro escola de samba. Adoro o clima da cidade nesta época do ano. Sendo assim, aproveitarei tudo o que eu puder – e o que os meus joelhos permitirem – e pretendo registrar aqui alguns dos meus passos. Sofro calada quando vcs floodam a timeline com comentários sobre UFC, jogos de futebol, show do Los Hermanos, repetidas indiretas a quem quer que seja e compartilhamentos que não têm fim. Portanto, deixem eu dar a minha ‘floodadinha’ também, vai! Eu disse flo-o-da-di-nha, tá ok? Tudo bem que é Carnaval, mas eu sou mulher direita.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Competições bestas do dia a dia
Da série "competições bestas do dia a dia": não permito que pessoas que andam no mesmo fluxo que eu na rua me ultrapassem. Ao menor sinal de que alguém pode me deixar pra trás, eu me valho das pernas compridas que Deus me deu e começo a andar a passos largos. Sem correr. Sem desespero. Apenas mostrando com muita elegância quem é que manda.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Status: na fossa
Tô numa fossa tão grande (nem tão grande assim, mas vá lá), que eu tô quase pegando o meu violão e compondo umas músicas. E olha que eu nem tenho um violão, hein?! Pra ser bem franca, eu mal sei manusear um.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Não tenho paciência
No Facebook, eu sou como a Susana Vieira: não tenho paciência com quem tá começando. Ou com quem se comporta como um eterno iniciante.
O que um iniciante faz?
O iniciante manda mensagens no seu mural quando poderia mandar por inbox. Quando finalmente entende isso, avisa no seu mural que mandou uma mensagem privada.
O iniciante usa um post seu sobre a final do Campeonato Brasileiro de Futebol pra perguntar se você já foi ao médico ver aquele problema no joelho.
Tem também o iniciante stalker exibido, que sai curtindo, do nada e de uma só vez, fotos e posts seus de 2009.
O iniciante "marca-marca", como o próprio nome diz, marca você em absolutamente tudo o que vê e jura que você vai se amarrar.
Eu poderia ficar aqui o dia inteiro traçando o perfil desses usuários, mas assim como Susaninha, eu quero mais é brilhar. Portanto, passe logo pra cá esse microfone, 'kiridinha', e não reclame. Estamos ao vivo.
O que um iniciante faz?
O iniciante manda mensagens no seu mural quando poderia mandar por inbox. Quando finalmente entende isso, avisa no seu mural que mandou uma mensagem privada.
O iniciante usa um post seu sobre a final do Campeonato Brasileiro de Futebol pra perguntar se você já foi ao médico ver aquele problema no joelho.
Tem também o iniciante stalker exibido, que sai curtindo, do nada e de uma só vez, fotos e posts seus de 2009.
O iniciante "marca-marca", como o próprio nome diz, marca você em absolutamente tudo o que vê e jura que você vai se amarrar.
Eu poderia ficar aqui o dia inteiro traçando o perfil desses usuários, mas assim como Susaninha, eu quero mais é brilhar. Portanto, passe logo pra cá esse microfone, 'kiridinha', e não reclame. Estamos ao vivo.
Foi geral
Acabou a luz aqui e minha mãe correu pra janela, olhou pro horizonte e disse o que ela sempre diz quando isso acontece: "ih, gente, foi geral..." Deve ter algum barato nisso. Só pode!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Minha Olivetti querida
Outro dia, assistindo Rainha da Sucata, eu ri quando Nicinha, a biscate, disse que tinha datilografado um currículo. Lembrei na hora do meu curso de datilografia e da Olivetti que eu ganhei no meu aniversário de 10 ou 11 anos.
Pedi uma máquina porque eu achava lindo posar de escritora de filme que arranca com raiva a folha com uma ideia cretina escrita. Só por isso. Depois eu descobri que aquela Olivetti azul tinha outras utilidades. Fiz muitos trabalhos de escola com a ajuda dela. E queria morrer quando escrevia alguma coisa errada e tinha que usar Liquid Paper (Toque Mágico é da geração seguinte). O trabalho ficava todo cagado. Isso sem contar a raiva que eu sentia quando terminava de "bater" tudo, perdia horas fazendo aquilo, tirava o papel e descobria que o texto tinha uma ridícula inclinação para um lado. Depois de muito tempo e de muitas folhas de Chamequinho jogadas fora, eu, finalmente, peguei a manha.
Naquela época, trabalhos datilografados faziam muito mais vista do que os escritos à mão, em papel almaço. Dava até orgulho. Apresentar um trabalho datilografado, com xerox colorida das imagens e título na capa com letras cuidadosamente desenhadas (e pintadas com canetinha!) era a certeza de garantir, pelo menos, uns 3,0 pontos pelo capricho. Se tivesse aquela capa plástica colorida, então, o 10,0 era praticamente certo.
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