Volta e meia surge aqui na minha rua um carro de som coloridíssimo, barulhento e com fogos de artifício pra fazer uma surpresa a alguém. Hoje, por exemplo, é o aniversário da Jéssica, que eu não faço ideia de quem seja (não sei mesmo). Eu, claro, fui lá fora dar uma olhada, mas fui obrigada pela minha mãe a entrar porque gargalhei quando a mulher do carro de som, patética e com voz de taquara rachada, deu assim início ao seu discurso: "primeiramente eu queria dar uma boa-noite a todos. Segundamente eu queria chamar a Jéssica aqui. Vem cá, Jéssica!".
Esse é um dos prazeres que só o subúrbio pode proporcionar a alguém. Tem nem o que discutir.
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