A Viagem foi a novela que eu mais amei acompanhar. Ainda amo. Amo tanto, que na reprise 2006, eu trabalhava meio período numa empresa de telemarketing e, todos os dias, programava o meu vídeo-cassete.
Um dia, a luz acabou na minha rua e minha mãe, num ato de solidariedade, compaixão e de muito amor (e um pouco de medo também) ligou pra me avisar. Lembro de ela ter dito algo como “ó, não fiz nada, não mexi em nada… a luz é que acabou mesmo”. O que eu fiz? Lembrei da TV 14 polegadas movida a porrada que tinha na barraquinha de doces de um ponto de ônibus lá do terminal Santa Luzia (o ponto do meu ônibus ficava a 5 minutos dali). Fui pra lá.
Era ano de Copa do Mundo e a novela passava só alguns dias da semana. Quando era exibida, passava só uma parte. Sempre cortavam os capítulos porque os jogos eram mais importantes. Parei ali e fiquei pra base de meia hora esperando um ônibus que nunca viria. Até comprei uma jujuba pra disfarçar. Aquele era o capítulo da morte do Otávio Jordão (Antonio Fagundes). Eu ia perder? Jamais!
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