Minha mãe foi hoje ao médico e enquanto aguardava para ser atendida, passou o tempo conversando com uma mulher. Elas ficaram ali, batendo aquele papo furado típico de sala de espera de consultório em que ninguém diz nada muito produtivo. Pouco depois, o médico anunciou um paciente de nome José. Silêncio. Chamou novamente. Outro silêncio. Como muitos idosos estavam lá, minha mãe deu uma força e também chamou pelo José. Nada. Na terceira e última vez em que foi chamado, José, enfim, se manifestou. Era a mulher com quem a minha mãe estava conversando o tempo todo, que se justificou: “não consigo me acostumar a ser chamada assim!”. Minha mãe riu. Os velhinhos da sala de espera riram. O médico riu. José gargalhou.
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