Minha mãe trabalhava numa empresa com uma moça muito simples chamada Ana. Certo dia, Ana anunciou a gravidez para os colegas. Todo mundo ficou feliz com a felicidade dela. O tempo passou e Ana saiu de licença-maternidade. Ela teve a bebê e, tempos depois, voltou ao trabalho. Curiosos, todos queriam ver fotos da menina e, naturalmente, saber seu nome. Só que sempre que alguém a abordava para saber o nome da neném, Ana sacava do bolso um papelzinho, abria e mostrava. Nele, estava escrito o nome da criança que ela, a mãe, não sabia falar.
Isso deve ter uns 15 anos e eu gostaria muito de saber se Ana já aprendeu a falar o nome da filha, se continua usando um papelzinho ou se Kethlen ganhou da mãe um apelido fácil de falar.
Dar à filha um nome de difícil pronúncia é o mesmo que ser muito fã de filosofia alemã, batizar o filho de Nietzsche Henrique e sempre recorrer ao Google para saber a grafia correta e não errar na hora de matricular o moleque na escola.