quarta-feira, 6 de março de 2013

Prenúncio de desgraça


A musiquinha do plantão da Globo desperta em mim um mix de pavor e curiosidade. Não sou a única, eu sei, mas duvido que alguém tenha sido tão patético por causa dela quanto eu fui certa vez. 

Eu tinha uns 13 anos e estava sozinha em casa. Deixei a tevê do quarto ligada e fui até a cozinha preparar um suco. De lá, ouvi aquele que é o prenúncio de desgraça. Apavorada e curiosa, saí em disparada, com copo e tudo, rumo ao quarto pra saber que merda tinha acontecido. Só que a merda aconteceu ali mesmo, em casa. Entrei no corredor, dei com o pé na entrada do quarto anterior ao meu, caí pra um lado e o copo com suco, pro outro. Pergunta se eu levantei. Levantei nada! Fiquei ali no chão, quietinha, esperando a notícia. Aí me entra Lílian Wite Fibe com uma nota qualquer de Brasília que, pra mim, não tinha tanta importância assim. Não pra vir no plantão. Levantei toda ralada, com vergonha de mim mesma, peguei um baldinho e limpei a sujeira do chão. Fiquei tão puta, que desisti do suco.

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