Não que eu seja uma pessoa de sorte quando o assunto é "transporte público", mas hoje eu me superei. Vou contar.
Desci nos Correios pra pegar um ônibus para a Avenida Marechal Câmara, mas acabei embarcando num que entrava ali atrás do sambódromo e não servia pra mim. Desci, fiz uma caminhada bonita e sob sol escaldante até a Central e quando ia pegar um ônibus que estava parado num ponto, ele andou a poucos centímetros de eu encostar a mão na lataria. Sabe aquela batida desesperada que todo motorista de bom coração entende como uma súplica? Pois é, não consegui dar. Não consegui e ainda tive que ouvir um senhor dizer "o ponto dele é o outro, colega". Dei uma resposta malcriada e saí vendendo azeite. Quer dizer, pedir pro motorista me esperar (o ônibus estava parado e alguns passageiros estavam embarcando) ele não podia, mas me dar informação inútil ele pode, né?
Corri até o ponto da frente pra pegar o ônibus que chegava, entrei e adivinha quem estava lá dentro? Sim, o moço do ponto de trás. Evitei o olho no olho, afinal de contas, sou estourada, mas sou cagona também. Só que, poxa vida (!), esse ônibus também não entrava na Marechal Câmara... E lá fui eu Aterro adentro. Fiz a pé todo o caminho de volta ao local onde deveria descer. Andei mais do que Renato Aragão indo a Aparecida do Norte pagar promessa do "Criança Esperança".
Enfim, cheguei ao destino. Participei de uma reunião e depois que ela acabou, fui pegar o metrô pra voltar pra casa. Ao invés de entrar no carro sentido Central, entrei no que ia pra zona sul. Desembarquei, subi escada, desci escada e entrei no lado certo. Agora estou aqui no trem, parada há 1h na estação Engenho de Dentro, aguardando a liberação porque está chovendo à beça. O vagão está geladíssimo também e antes que alguém fale que eu sou friorenta demais, quero dizer que todo mundo aqui está reclamando dessa sensação térmica da Sibéria.
É isso, gente. Estou agora amadurecendo a ideia de desistir disso aqui e pegar um ônibus, mas meu dia foi tão cagado, que é capaz de eu entrar num ônibus, mirar o Campinho e ir parar em Macapá.
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