Tipo de gente que eu odeio em silêncio: aquela que senta ao meu lado no ônibus um ponto antes de eu descer. Ela tem culpa? Não. É obrigada a adivinhar que tô prestes a descer? Também não. Mas, gente, com tantas outras opções, ela prefere sentar logo ao meu lado? Às vezes eu sento de um jeito que dá a entender que vou descer em instantes. Desencosto do assento e finjo que estou lendo as placas das ruas como quem está meio perdido e pode puxar a cordinha a qualquer momento. Funciona na maioria das vezes. Quando não, eu, com um sorriso fofo no rosto, peço licença. Aí ao invés de fazer a gentileza de levantar pra facilitar o processo, a pessoa só inclina as pernas pro lado e deixa uma brecha ridícula pra eu passar. É lógico que ninguém é obrigado, mas dependendo do tamanho do assento e das pessoas, é de bom tom levantar. Eu tenho 2 metros de pernas, poxa! É natural que eu me desequilibre numa manobra um pouco mais radical. Num dia de muito mau humor, eu passo a bolsa na cara. Quero nem saber. Aí então peço desculpas e saio batendo cabelo. E desço vingada, claro.
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