Em março, no aniversário do meu afilhado, coube a mim a missão de soltar o tal do lança-confetes, uma espécie de bastão que joga no ar um monte daqueles papeizinhos prateados que “colam na pele feito tatuagem” (isso já deu música? Pois deveria), especialmente quando a gente mais transpira.
Pois bem. Na hora do parabéns, pediram que eu me posicionasse numa ponta da mesa do bolo e um rapaz, amigo deles, na outra. A ideia era ativar os bastões de ambos os lados para dar aquele lindo efeito cascata no meio, tal qual Cafu se declarando para a Regina na final da Copa do Mundo de 2002. Thiago, o aniversariante, era o meu Cafu.
Só que ativar aquele bastão não é tão simples assim. Pelo menos não para mim. O rapaz que estava na outra ponta o fez sem dificuldade, porém os confetes erraram o caminho e ao invés de caírem no centro, no ponto onde eles encontrariam os meus, vieram diretinho para a minha cabeça.
O repertório de clássicos de aniversário estava acabando, já tínhamos chegado ao “Derrama, Senhor”, a canção derradeira, e nada de eu conseguir ativar o meu lança-confetes. O que eu fiz? Mais que depressa, entreguei o bastão ao meu competente adversário que, em segundos, deu liberdade aos papeizinhos. E o que foi que aconteceu? Isso mesmo, a história se repetiu. Tomei outro banho de confetes. Os convidados riram da minha cara e eu passei uns 3 dias tirando aquela merda do cabelo.
Para me zoar, há quem me compare à Globeleza. Naquele dia, essa comparação fez mais sentido do que nunca.
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